sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Dados biográfico da poetisa Etelvina Amália de Siqueira


Nasceu no dia 5 de novembro de 1862, em Itabaiana, filha do escrivão José Jorge da Siqueira e irmã do poeta José Jorge de Siqueira. Desde a infância demonstrava grande amor à educação e literatura, como em Itabaiana não havia uma estrutura educacional para seu grande talento, a jovem foi residir em Aracaju. Etelvina foi uma das primeiras alunas da Escola Normal.
De posse do diploma de normalista conferido pela Escola Normal de Aracaju, a 11 de novembro de 1884, abriu em janeiro do ano seguinte um curso primário e secundário, particular, que funcionou sob sua exclusiva direção até 1900, quando a 13 de novembro foi nomeada professora pública do povoado Barra dos Coqueiros. Na década de 80 do século XIX, lutou fervorosamente pela causa abolicionista com o tio Francisco José Alves. Era também simpática às ideias republicanas.
Por algum tempo freqüentadora da Imprensa, colaborou na “A Discussão” de Pelotas, 1883-1885, escrevendo sobre o abolicionismo; em vários jornais de Aracaju, inclusive a “Nova Era” e nos Almanaques Sergipanos de 1887 a 1902, escrevendo versos e artigos literários. Preceptora abalizada e poetisa do surtos delicados,escreveu: discursos em jornais, artigos sobre variados temas, hinos escolares e o livro de contos Pequenos Voos (1890). Sua produção se encontra esparsa em jornais do final do século XIX e, principalmente, início do século XX.
Etelvina faleceu humilde e solteira, em 1935, na cidade de Aracaju. É considerada a pioneira da intelectualidade feminina em Sergipe e um ícone para o movimento feminista sergipano.