Rompia a aurora louçã, perfumosa,
Seus grados odores deixando no prado,
Tremiam ainda no céu estrelado
Carimbos luzentes. Que cena formosa!
Cantando travessa, gentil e garbosa,
Descalça, risonha, cabelo adornado
De flores silvestres, andar requebrado,
Sorvendo perfumes na boca mimosa,
A filha das serras, a virgem selvagem
Passava, de rosas arfando-lhe o seio,
Os bastos cabelos brincando co a aragem.
Feliz, descuidosa, sem dor, sem receio,
E a brisa fagueira, na mansa passagem,
A face morena beijava-lhe em cheio.